Se você possui um pet, precisa saber que há um maior gasto por mês com cães do que com gatos. A diferença chega a ser de mais de 100%. Além disso, o custo pode chegar a quase metade de um salário do Brasil.

Esses dados foram levantados por uma pesquisa realizada por uma instituição especializada em animais de estimação. Segundo informações de 2021, no Brasil, as pessoas gastaram mais de 30% do valor de um salário do Brasil com seus cães. Contudo, esse gasto varia conforme o tamanho do pet.

Em contrapartida, os custos com os felinos foi de menos de 50% dos gastos médios com os caninos. De acordo com especialistas, o fato de haver um maior gasto por mês com cães do que com gatos, é o que motiva muitas pessoas a adotarem felinos. Por isso, houve uma alta no número de bichanos nas casas do Brasil.

Segundo dados do Censo realizado com informações de animais de estimação, no país, existem quase 150 milhões de pets. Os cachorros correspondem à maior parcela (58,1 mi), as aves ficam em segundo lugar (41 mi) e os felinos ocupam a terceira posição (27,1 mi).

Contudo, os bichanos representam a espécie que mais é adotada pelos brasileiros. No ano passado, houve aumento de pouco mais de 1% de aves, quatro pontos percentuais para os cachorros e seus pontos para os gatos.

Detalhes sobre o estudo sobre o porque existe um maior gasto por mês com cães do que com gatos

O estudo citado anteriormente tem como base informações de associações voltadas para a alimentação e produtos para pets. Além disso, conta com dados de ministérios do governo brasileiro.

O valor do custo com cães de pequeno porte, no ano passado, chegou a, em média, R$ 300,00 mensais. Em contrapartida, os donos de cachorros de tamanho médio gastaram, aproximadamente, R$ 400,00. Já os cachorros grandes tiveram consumo de mais de R$ 500,00.

Segundo o estudo, esses custos podem ser mais altos. Afinal, a pesquisa considerou um custo médio. Além disso, ele depende das características de cada pet.

Gastos com outros pets

O estudo também apresenta dados sobre outros animais. Por exemplo, os gastos com aves foram os menores da série: cerca de R$7,50 mensais. Em contrapartida, pets répteis tiveram gastos no ano passado de cerca de R$ 23,00.

O grupo de roedores, como hamsters e porquinhos da Índia, ficou, em média, em R$ 90,00. Finalmente, o gasto com animais aquáticos, no caso os peixes, chegou a, em média, R$ 105,00.

Essa pesquisa considerou diversos itens para concluir sobre o maior gasto por mês com cães do que com gatos. Por exemplo, as vacinas, banho, tosa, ração (com base nas necessidades diárias de pets de pequeno, médio e grande porte) e visitas ao veterinário.

Além disso, o estudo considerou produtos para combater carrapatos, pulgas e vermes e gastos de higiene e estética em pet shop. Em relação às aves e animais aquáticos, o método foi outro.

Ele considerou valores para manter uma pequena gaiola de pássaros e um aquário de até uma dezena de peixes. Nessa categoria, a pesquisa avaliou também gastos veterinários, ração e remédios.

Um estudo sobre a tendência dos gastos com animais de estimação

Um estudo recente feito pela instituição bancária C6 mostrou que três grupos sociais do Brasil decidiram reduzir os custos com pets. As informações são do primeiro semestre de 2022.

O número corresponde a 44 pontos percentuais e indica da classe A até a classe C (que acessam a rede mundial de computadores). Já o motivo principal indicado pelos entrevistados foi o aumento dos valores dos produtos do mercado pet.

Em primeiro lugar, os produtos que mais sofreram cortes foram aqueles voltados para recompensas para os pets. Por exemplo, patês, biscoitos, bolinhos e ossinhos. os números ajudam a ver que as pessoas sentiram no bolso o maior gasto por mês com cães do que com gatos.

Afinal, um terço dos participantes da pesquisa pararam de comprar esses agrados para os cachorros. Em contrapartida, 35% dos tutores decidiram comprar os petiscos com menos regularidade.

Além disso, os tutores mostraram um comportamento de redução em relação a outros  elementos do mundo pet. Por exemplo, dos participantes, 46 a cada 100 pessoas pararam de comprar brinquedinhos para enriquecimento ambiental, laços, gravatas e coleiras, dentre outros.

Da mesma forma, 16 a cada 100 entrevistados passaram a comprar menos quilos de ração para seus pets. O comportamento de racionamento de ração também foi marcante na troca de alimentos. Por exemplo, 48 em 100 tutores trocaram o alimento de costume por uma marca de ração mais barata.

A educação canina também mostrou mudanças. Afinal, 26 a cada 100 pessoas pararam com as aulas de adestramento e não mais contrataram profissionais para passear com seus cães.

As idas ao pet shop também estão mais escassas. Mais um fator que ilustra um maior gasto por mês com cães do que com gatos. 56 a cada 100 tutores gastaram menos ou pararam de levar seus animais de estimação a pet shops com serviço de higiene e estética.

Mais mudanças que mostram a consciência dos tutores sobre um maior gasto por mês com cães do que com gatos

Segundo a pesquisa do C6, até mesmo os valores com saúde foram afetados. 18 a cada 100 entrevistados cortaram custos referentes às clínicas veterinárias. Além disso, 15 a cada 100 pessoas passaram a levar seus animais de estimação em profissionais que cobram menos.

Contudo, 17 a cada 100 donos de animais de estimação não têm gastos recorrentes com veterinários. Da mesma forma, 16 a cada 100 tutores continuaram com as mesmas despesas com a saúde do pet.

O estudo feito com 2.000 pessoas revelou que de 100 pessoas das classes A, B ou C e acesso à internet 69 possuem um pet no lar. Além disso, mostrou que desse número, 53 a cada 100 pessoas sentiram no bolso que existem um maior gasto por mês com cães do que com gatos e decidiram reduzir custos.